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sábado, 27 de agosto de 2011

25 anos de "Slippery When Wet" na história do rock

Há 25 anos o Bon Jovi encontrava o pote de ouro com o lançamento de seu álbum de maior sucesso: Slippery When Wet. O álbum que sucedia o fracasso comercial de 7800° Fahrenheit, considerado pela critica especializada um dos piores trabalhos da banda e renegado até pelo próprio Jon.


O Bon Jovi havia saído de dois lançamentos sem grande impacto comercial. O primeiro álbum homônimo (1984) e o 7800° Fahrenheit (1985). As dívidas contraídas por Jon não permitiam que banda ganhasse dinheiro. Seguindo o conselho de Gene Simons e Paul Stanley (KISS), Jon e Richie aceitaram a ajuda do hitmaker Desmond Child para as composições. As primeiras canções a saírem foram Livin’ On A Prayer, Wanted Dead Or Alive e You Give Love A Bad Name ainda na casa da mãe de Richie Sambora, onde eles trocavam o dia pela noite. Isso quando não rolavam os shows. Até o Jon brinca sobre a composição de Wanted dead Or Alive no especial An Evening With Bon Jovi, de 1993.

Com as composições prontas, a banda fez as malas e se mandou para Vancouver no Canadá, onde o produtor Bruce Fairbarn (30.12.1949 + 17.05.1999) havia montado o Little Mountain Studio. Curiosamente Bob Rock (que produziu o álbum Keep The Faith, 1992), foi o engenheiro de som e responsável pela mixagem de Slippery. Nas sessões de estúdio, Jon Bon Jovi estava relutante em colocar Livin’ On A Prayer no álbum, pois ele achava que ela não tinha potencial para hit. Richie Sambora terminou convencendo-o do contrário. Ironicamente, a canção se tornou o maior hit da banda, reconhecido no mundo todo.

Dessa fase saiu também a canção Edge Of A Broken Heart que não entrou na versão final do álbum. Com quase tudo pronto, a banda lançou o primeiro single em 23 de julho de 1986. You Give Love A Bad Name caiu como uma bomba nas paradas americanas, subindo rapidamente para o primeiro lugar das paradas Hot 100 da Billboard. A essa altura, a banda estava abrindo a turnê do Kiss. Com o sucesso, a banda já podia vender sua própria turnê como banda principal.


Em 18 de agosto do mesmo ano era lançado o álbum. Ficando nas paradas de sucesso entre 1986 e 1987, catapultando 4 singles entre os 10 primeiros. Com isso, deu ao Bon Jovi o título de primeira banda de hard rock a emplacar dois singles consecutivos em primeiro lugar nas paradas. A banda torna-se queridinha da MTV. Vídeos em alta rotação no canal aumentam ainda mais o sucesso da banda e firma Jon Bon Jovi como um dos sex symbol do rock.


O segundo single lançado foi Livin’ On A Prayer, que rapidamente atinge o topo das paradas. Ela tinha um diferencial para as bandas da época. Era hard rock, só que mais acessível. Poderia ser tocada tanto nos rádios quanto na MTV e como diria o Dee Snider (Twisted Sister) “por que fazer cara de mau? Somos o Bon Jovi e estamos ganhando muito dinheiro!”


Com 28 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo, 12 milhões só nos Estados Unidos, o Bon Jovi se transformou o maior fenômeno comercial do hard rock farofa (termo pejorativo para classificar o som da banda). Gravadoras buscavam o novo Bon Jovi e o estilo se firmava como um dos principais daquela década. Dominando as paradas de sucesso e a MTV até o surgimento do grunge em 1990.


O terceiro single foi Wanted Dead Or Alive, que seria o título do álbum, mas ficou só como título da canção. Um rock para cowboys, mostrando perfeita sincronia vocal entre Jon e Sambora. Atingiu o número 7 das paradas e se tornou clássico absoluto nos shows e na carreira da banda.


O quarto e último single foi Never Say Goodbye, composição de Sambora e Jon que demonstrava todo o potencial da dupla para escrever canções de amor. Nesse caso, sobre a namorada de Jon da época de escola que virou sua esposa.
A capa proposta inicialmente onde mostrava a blusa de uma mulher devidamente molhada e com os seios aparecendo na transparência, foi descartada por Jon porque ele não gostou da borda rosa e além disso, a banda enfrentaria problemas para vender o álbum na rede de lojas Wal Mart. A versão final ficou com o vidro molhado e o nome do álbum escrito.





25 anos depois estamos aqui seduzidos pela magia que esse álbum causou. Muitos odeiam o Bon Jovi até hoje, principalmente por causa dessa fase onde a banda estampava quase todas as capas de revistas especializadas, mas 28 milhões e o título de álbum de hard rock mais vendido da história não podem ser desconsiderados.


Catapultou a banda ao mega estrelato, transformou Bruce Fairbarn no midas do rock, produzindo posteriormente trabalhos para o Aerosmith, Poison, Scorpions, Van Halen, Kiss, INXS, Yes, AC/DC, The Cranberries, firmou o estilo como algo extremamente comercial e deu ao Bon Jovi uma longevidade que poucas bandas podem gozar. Além de tudo isso, o sucesso de Never Say Goodbye fez com que gravadoras apostassem em baladas como fórmula de sucesso. Inúmeras bandas seguiram essa linha como o Europe, Poison, Aerosmith, Whitesnake... a lista é bem grande.


Quantas bandas dessa fase e no estilo você consegue enumerar ainda na ativa?


Aproveite! Pegue o seu CD (vale MP3) e coloque pra tocar no último volume. Eu nem falei de canções como Let It Rock, Raise Your Hands e Wild In The Streets. Depois de 25 anos, um álbum merecer uma resenha crítica positiva é porque ele foi e é relevante para a história do rock. E não foi à toa que foi incluído entre os 1001 álbuns que você precisa ouvir antes de morrer. Depois de escutá-lo, você só faltará 1000. Prova de que os trabalhos de Jon Bon Jovi, Richie Sambora, Alec John Such (fora da banda desde 1994), David Bryan e Tico Torres não passaram em vão.


Fonte: Whiplash.net

Jon Bon Jovi: cidadão consciente, pai de quatro filhos e marido


Em entrevista ao blog Red Beard, Jon Bon Jovi abordou um assunto que cada vez mais faz parte de sua vida: o envolvimento com questões sociais.


Red Beard: Em uma entrevista de 1989, você me disse que suas opiniões políticas e religiosas deveriam ser privadas. Quando mudou de idéia e, mais importante, por quê?


Jon Bon Jovi: Me vejo como um cidadão consciente, pai de quatro filhos e marido, além de um embaixador da cultura pop no mundo. Viajei por África, Ásia, Europa e vi que as pessoas amam a América. Amam a cultura, a música que oferecemos e a idéia de sonhos. Não me envolvo tanto com política, mas sim com filantropia. Acredito firmemente que as pessoas se voltam contra você ao imaginar que seu voto vai para esse ou aquele partido. Não quero ser homem de um partido, quero ser quem faz a diferença, que acredita nos ideais em que esse país foi construído. Quanto mais leio sobre Thomas Jefferson, Abraham Lincoln, George Washington e principalmente John Adams, mais compreendo que esse é um lugar mágico, místico, que vale a pena defender. Não falo do país representado por George W. Bush e Dick Cheney. Se isso vai me causar algum efeito, que seja. Só estou falando como cidadão esclarecido.


Matéria original: Blog Van do Halen
Fonte: Whiplash.net

 
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