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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bon Jovi mostra vigor e agita o Morumbi


O grande dilema dos integrantes da banda Bon Jovi era se eles ainda conseguiriam fazer shows em alto nível. Antes do show em São Paulo, no Morumbi, nesta quarta-feira (6), eles já falavam sobre o fato de batalharem contra a idade – são todos quase cinquentões. Quinze anos depois de sua última aparição por aqui, eles voltaram ao Brasil com a turnê The Circle, e quem compareceu ao concerto da banda norte-americana nem reparou.
Com repertório carregado de clássicos, Jon e sua turma fizeram a plateia (que encheu o estádio) pular durante quase três horas.

 A noite começou com a banda de abertura, Fresno. O público dos dois grupos não é o mesmo, isso é óbvio. Portanto, os gaúchos já sabiam que enfrentariam muitos protestos do público mais conservador.


Eles até se esforçaram: entraram de jaqueta de couro e roupas pretas, abrindo com as músicas mais pesadas de seu repertório. Não adiantou.Em cada elevação de voz do vocalista, dava para perceber a pegada emocore. Foi... engraçado. Dedos médios surgiam, em riste, para todo lado a que se olhasse. A banda parece ter se divertido. Grande parte do público, não.


Bem, pouco tempo depois, Jon Bon Jovi, Richie Sambora, Tico Torres e David Bryan surgiram no palco, acompanhados dos músicos de apoio.
Apesar de a banda prometer uma set list diferente para cada show, a sequência de músicas foi bem parecida com a tocada na Argentina no domingo (3).


Depois de Blood on Blood, insuficientemente impactante para iniciar a noite, vieram a recente We Weren’t Born To Follow (com imagens de Pelé e Chico Mendes no telão) e o clássico arrasa-quarteirão You Give Love a Bad Name, que tirou todo mundo do chão.




O resto da noite mesclou músicas mais novas com as que já viraram verdadeiros hinos para os fãs da banda.
Destaque para Born To Be My Baby, It’s My Life, Bad Medicine (em medley com Pretty Woman, de Roy Orbison), Always, I’ll Be There For You e Keep the Faith. Todas fazendo sempre bom uso do telão.
Para finalizar, veio o bis. Ou melhor, vários deles. Nesta leva, canções que contaram com o apoio vocal incessante da plateia, como Wanted Dead Or Alive, Someday I’ll Be Saturday Night, Living On A Prayer (a melhor) e These Days.
No total, foram 28 músicas, poucas delas do mais novo álbum – intitulado, assim como a turnê, The Circle.
A escolhida para fechar o show, repetindo o que foi feito em território argentino, foi a balada extremamente romântica e melosa Bed Of Roses.

 Jon Bon Jovi já chegou a dizer que se sente fazendo amor com a plateia quando está cantando no palco. E se o ápice da vida amorosa chega com a maturidade, a banda mostrou que ainda está em boa forma.
Foi uma noite de amor perfeita para os fãs, que terminou como uma noite de amor perfeita deveria terminar – em uma cama de rosas.


O próximo show é no Rio de Janeiro, na sexta-feira (8).

Fonte: R7.com

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